quarta-feira, 9 de julho de 2008

Retomando ...

Quase seis meses depois, continuo não mais buscando explicações.
Quase seis meses depois, tenho me surpreendido seguidamente com o quão especiais podem se tornar momentos ditos banais. O velho chimarrão do domingo, numa outra praça ... possui um sentido totalmente novo. Uma alegria inédita e, ao mesmo tempo, há muito desejada.
Quase seis meses depois, observo que toda a ilusão posta a prova durante anos a fio ainda sobrevive, apesar das decepções que
eventualmente a minguaram e do ceticismo que por vezes se fez presente.
Quase seis meses depois, percebo que a descoberta de um "novo mundo" pode representar a conquista de um sonho - principalmente se este mundo estiver a quatrocentos quilômetros da província e o sonho for representado por uma certa professora de olhos azuis que, ao segurar o sorriso, mostra lindas covinhas.

Quase seis meses depois, as divagações têm sido sobre como alguém pode estar geograficamente tão longe e emocionalmente tão perto ...