segunda-feira, 6 de agosto de 2007

(e)Ternos Momentos III

Como se fosse agora, ainda escuto aquela voz trêmula dizendo que não combinamos, que nossos gênios são muito fortes. Que nossa convivência tem sido maravilhosa, mas que "falta algo" (o que pensar, se no dia anterior me dizia que nunca se sentira assim e que, por isso, iria se entregar de corpo e alma para que nossa história desse certo).

Relembro que entre lágrimas e suspiros, argumentos e considerações, corações foram preteridos a uma retórica (i)lógica, questionável e triste. Bons sonhos de uns foram rechaçados por más memórias de outros.

Mas entenda, meu (ex)amor ... embora respeite teu ponto de vista, não o aceito. Como diz a música do Hinojosa, "no hay camino, se hace el camino al andar"... mais do que aonde chegaríamos juntos, sempre valorizei estar ao teu lado. Dividir a caminhada contigo é (foi) o máximo.

Se nosso destino era esse, se nossa trilha era pra ser tão curta, não sei ... mas vivi cada momento desses dias com a alegria de uma criança. Deixei de lado meus assuntos sérios e fui menino ao teu lado. Alegre, intenso e espontâneo. Como se brincasse com bolhas de sabão, meus olhos brilharam a cada vez que pensei em ti, a cada vez que te encontrei, a cada vez que ouvi tua voz ao telefone. E pensei que, por vezes, havia percebido o mesmo de tua parte.

Inconstância é um atributo humano, natural e inevitável. Contradição é, às vezes, até necessária. Mas tudo tem limites. Talvez em algum "quando" e "onde" indefinidos, nossa história continue ...

2 comentários:

Milena disse...

Bem triste, mas eu gostei.
Ah, voltei aqui. Costumo visitar o passado de alguns blogs aos poucos... =)

Madame Mim disse...

Triste mesmo.:(