segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Futuro do Pretérito

Considerando que hoje é segunda-feira, eu poderia falar do fim-de-semana tedioso da província e da absoluta falta de alternativas interessantes de lazer. Mas isso acabaria por se tornar desagradável, como toda insistência em lugares-comuns.

Tentando dar ao assunto um ar mais engajado, poder-se-ia comentar sobre a paralisação de agências bancárias na sexta-feira passada, cuja votação em assembléia acabaria por considerar válidos votos de "colegas" de uma instituição privada que detinha "interdito proibitório" - ou seja - teria judicialmente garantido o dia inteiro para explorar seus negócios, enquanto as demais "protestariam por aumento salarial e melhores condições". Mas isso consituiria tema por demais polêmico e, via oblíqua, desagradável.

Ainda no âmbito do engajamento, poderia tentar digerir a (má) impressão com relação ao aparato montado e dispendido, também na sexta-feira passada, com a visita da digníssima mandatária do nosso estado à província; o que levaria a considerações acerca de protocolos, recursos estaduais declarados escassos e capacidade administrativa por vezes questionada e criticada. Mais uma vez, tropeçaríamos na "tensão dos temas", por assim dizer.

Claro que haveria momentos interessantes e muito menos tensos a comentar, como a reunião no Quiosque pra comemorar o aniversário de um colega de trabalho. Cervejas geladas e conversa leve. Também poderia falar do reencontro com um colega-amigo com quem não falava há uns quinze anos, pelo menos. Poderia divagar sobre a confirmação das expectativas de vida que tínhamos quando adolescentes, principalmente sobre trabalho e família. Ou sobre o respeito necessário às diferentes percepções da realidade, que são capazes de fazer qualquer gestor de recursos humanos arrancar os cabelos quando busca metas e resultados. Mas enveredaria por abordagens filosóficas ou psicológicas que soariam um tanto pedantes.

Deixando todas essas temáticas de lado, poderia simplesmente comentar sobre o filme "Tropa de Elite", que acabei baixando da internet e assistindo no domingo. Mas não conseguiria evitar comentários que estragariam a experiência dos que, diferentes de mim, aguardam por assistir nos cinemas.

Então, abandonando o tempo verbal que deu título a este post (e consciente de que poderia ter escolhido um melhor), decido: comento sobre uma das minhas mais recentes descobertas na blogosfera ... a "funk band" japonesa chamada Osaka Monaurail. "Surpreendente" é pouco pra defini-los. Encontrei a dica aqui.

Assista ao vídeo. Vale a pena.

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