quarta-feira, 29 de março de 2006

Personulidades

Tenho pensado com certo entusiasmo na criação da comenda "Personulidade do Ano" como forma de prestar homenagem àquelas ilustres figuras - públicas ou não - que garantem que as coisas continuem exatamente como estão. Ou seja, apesar de sua normalmente forçada popularidade, o fato de existirem não faz a menor diferença em termos práticos. Muitos poderiam ser "nominados". Desde políticos até profissionais festejados pela mídia, sem esquecer das celebridades instantâneas e outros similares. Tanto locais quanto nacionais.
Se fosse eu a decidir, não pestanejaria em deferi-la à protagonista da "dança da pizza". Não tanto pela alegria incontidamente demonstrada - característica de qualquer palhaço que se preze. Mas pela total falta de respeito aos brasileiros que contavam ser tratados com um mínimo de dignidade.
Não há dúvida quanto à imprevisibilidade e à complexidade do comportamento humano. Diversos estudiosos procuraram - e encontraram, à sua maneira - uma definição sobre o assunto. Adler teorizou sobre o "complexo de inferioridade" e aceitava a agressão e a vontade de poder como fatores positivos. Rousseau dizia que a sociedade corrompe o ser humano. Iung classificou os introvertidos e os extrovertidos. Freud atribuía uma causa precedente a cada pensamento ou ação. E tantos outros ...
Mas há as inexplicáveis "personulidades". Se procurarmos com cuidado, encontramos exemplares nos mais diversos momentos históricos. Mas atualmente há uma avassaladora prevalência desses bichos inúteis.
Diante da impossibilidade de combate, proponho que passemos a premiá-los. Ou melhor, passemos a condecorá-los. Porque premiados já são. E sempre às nossas custas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu amigo, parabéns!! teu blog está muito bacana, sempre que tiver um tempinho entre uma melancia e outra vou dar uma olhada por aqui.

1abraço.