quinta-feira, 11 de maio de 2006

A ordinariedade que me perturba

Talvez por causa da autoreferência inerente ao ser humano, nunca entendi como pessoas se contentam em “ser média”. Não que minhas ambições sejam exacerbadas, mas penso que cada um deve lutar por algum diferencial, alguma extraordinariedade. Principalmente em termos de qualidade do que deseja pra si e do que faz.

Li, em algum lugar, um comentário irônico que dizia, em outras palavras: “Chegamos a duas conclusões: a primeira é que estamos acima da média; e a segunda é que a média não é lá grande coisa”. Ou seja: cuidado com a comparação. O ponto de referência precisa ser interno, e não externo.

Aprendi que a diferença entre “a média” e a superação é definida, normalmente, por um esforço que outros não tentaram. Às vezes o “extraordinário” é definido por cinco minutos a mais de empenho e de persistência. Ser comum é tão somente ser mais um. Não quero pra mim o predicado de “ordinário”. Nem de “medíocre”. Sou consciente acerca das minhas capacidades e incapacidades. Mas mesmo assim quero, a cada dia, melhorar.

2 comentários:

Madame Mim disse...

A gente sempre que deixar algo registrado pra posteridade, não é? Acho que isso é normal do ser humano "médio", essa insatisafação com o ordinário, com o médio, com o cinza, com o morno. Esse teu post é de 2006, mas ontem postei um post que fala mais ou menos sobre isso (não tão bem escrito quanto seus posts, mas agente vai tentando, ;) - e vc escreve muito bem, parabéns!)

Milena disse...

Odeio as coisas médias, que eu chamo de mornas no final das contas. Sou de extremos.

Bjs!