Escutando Milongamento, do Bebeto Alves, percebo que a nostalgia que me acompanha (aquela do não vivido, à qual já me referi em outra oportunidade), não é apenas um lugar-comum dentro de outro, ainda maior, representado pelas crises existenciais que se têm me apresentado nessa fase dos trinta e poucos e que fariam Descartes gargalhar... mais do que isso, tem sido a parceira interessante e necessária naquelas horas do mate a meu gosto, do silêncio profundo nas noites de frio, chuva e solidão, dos projetos e ambições para o futuro ...
O desassossego pela família que ainda não constituí, pelo tal amor que ainda não conquistei, pelas memórias que ainda não sei se plantei na vida de alguém ... tudo isso e a sensação de finitude e dispensabilidade - que me lembram do medo de ser esquecido - na verdade têm feito com que eu tente ser uma pessoa melhor, afinal ...
Sei que "tudo a seu tempo", mas às vezes sinto que tenho que exercitar a paciência a ponto de não me perder ... como quando se toca uma milonga.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Milongas e nostalgias
Postado por
Silêncio
às
16:46
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